A
Poesia de Gustavo Dourado
(por Prof.a Dra.
Shirley de Souza Gomes Carreira- Editora)
Há algum
tempo tive a oportunidade de conhecer um escritor radicado
em Brasília que tem sido visto como um dos expoentes do cordel
contemporâneo: o cordel em meio virtual.
A mais
nova faceta do cordel permite que os versos voem longe, além dos
barbantes de outrora, pairando sobre terras distantes. Assim,
fui apresentada à poesia de Gustavo Dourado, visitando sites
de poesia na internet. Baiano
de Recife dos Cardosos - Ibititá (região de Irecê)/Chapada Diamantina/Baixo
Médio Rio São Francisco, Gustavo
Dourado (Amargedom) viveu na Bahia durante 15 anos. Em Brasília
há 30 anos, tem participado ativamente dos movimentos políticos,
ecológicos, cineclubistas, populares, sociais e culturais.
Gustavo
Dourado é autor de nove livros, alguns premiados e com poemas
traduzidos em cinco idiomas. Professor de Português, Semiologia,
Semiótica, Literatura,Lingüística, Redação, Religião, Agropecuária,
Cultura Popular e Folclore Brasileiro, lecionou na Faculdade de
Artes Dulcina de Moraes.
Entre suas
principais obras estão:
Phalábora
- 1997
Transformação - UnB - 1980
Linguátomo - 1991
Espejos de La Palabra / Espelhos da Pa lavra - 1999
Carmo Bernardes Imortal (versos de Amargedom) - 1996
Tupynambarbarie – 1984
Os poemas
de Gustavo podem ser encontrados na internet nos sites
de poesia, bem como em seu site oficial, divulgado pela
UNESCO.
http://www.unesco.org/poetry/appronfondissement...
http://www.gustavodourado.com.br/cordel.htm
http://www.gustavodourado.com.br/
http://www.gustavodourado.cjb.net/
http://www.gustavodourado.ebooknet.com.br/
http://www.linkeratura.cjb.net/
http://cordel.zip.net/
Poemas
de Gustavo Dourado:
Mineração
do Outro e do Eu
Brejo
das Almas...Amor...
Tu? Eu?...Um Quarto Escuro
O Quarto em Desordem Ficou:
Amar-Amaro atrás do muro...
Mineração do Outro e do Eu:
De repente: o ouro impuro...
O
dia em que não escrevi
O
dia em que não escrevi: por pouco quase morri...
Reescreveio em mim aquilo que não escrevivi:
Murmurei rumor sem bom humor desarrumei...me
O dia em que não es.cre.vício fiquei sem off.í.cio
Szenti tremenda dor por tamanho desesperdício:
No dia que (não) escrevi:doooeu:despois de morrenasci...
Palávrea
Encanta
com o canto
No recanto da Palavra
Pássaro-Sol
Homem-Flor..
O Sol lavra a obra
A palábora elabora
A cobra cria
O labor da Poesia...
Pá...Lavra o Solo
O Sol lavra a poesia
A Pa-lavra...
Lavra-a-dor
A língua enrosca
Feito cobra
Na Obra
Do Criador:..
Átimo
Sou
passageiro do acaso
Equilibrista do desejo
Vejo-te num átomo
Num átimo te beijo...
Cordel
para Saramago
Saramago
nos clareia:
Romance em Filosofia
Vai além da Dialética
Flui Epistemologia
Faz o dia viar noite
E a noite virar dia...
(Produzido
à época do lançamento de As intermitências da morte)
Cordelogus
para James Joyce
Joyce
Solúcido Criator
Ulisses da Genscriptura
MultiHomero Nave-Dante
Narractor da Contextura
Filho de Stanislau,John
E de Jane, com ternura...
"Retrato do Artista qdo Jovem"
No Princípio JJ Concebeu
Nasceu a 2 de Fevereiro
A 13 de Janeiro, Ás, morreu
Veio ao Mundo em Dublim
E em Zurique-Suiça, feneceu...
Publicou os "Dublinenses"
A edição alguém queimou
Em Letras fou diplomado,
No Belvedere estudou,
Na Univercity de Dublim
Parolangues - pesquisou...
IrlanDeus Stephen Hero
Música de Câmara,Poe:sia
Finnegan's pra lá de Wake
Ulissíada - Alchemagia
Bruxo Tao Zen na Cabala
Dinamante em Sinphonia...
Inspirou Rosa Noigandres
Feito Shakespeare Mhodierno
Fanomelogopeico - Paideumãe
Pound - Avgustom : Transeterno
Navegalúmen além Galáxias
Arquite(x)to Infiniterno...
A
saga de João Guimarães Rosa
João
Guimarães Rosa:
Romancista universal
Nas veredas do infinito
Encantou o regional
Sua aldeia é o sertão:
Travessia natural...
Magma, a primeira obra
Pela ABL premiada
Seleta de poesia:
Post-mortem foi publicada
Natureza primitiva:
Tradição localizada...
Magma... 1936:
Depois veio Sarapalha
Li "O Burrinho Pedrês":
Gosto de chapéu de palha
Augusto Matraga em Contos:
A vida é uma navalha...
Bem à maneira de Rosa:
Contos vira Sagarana
Belas estórias orais
Que ouvi de uma cigana...
Vaqueiros na longa estrada:
A vida nos desengana...
Campeio em Corpo de Baile
Pelas Noites do Sertão
Manuelzão e Miguilim:
Miguilim e Manuelzão...
No Urubuquaquá do Pinhém:
Às Veredas da Solidão...
Sonhos no Campo Geral
Uma Estória de Amor
Luta e consagração
Perda, alegria e dor
Pobreza e encantamento:
Transnatureza a flor...
A Estória de Lélio e Lina
Em busca da iluminação
Moço e velha: amizade...
Pelas plagas do Sertão
Grivo em eterna viagem:
Cara de Bronze em ação...
Pedro Orósio em desafio:
A morte sempre de tocaia
Ouvir "O Recado do Morro":
Não posso fugir da raia...
Cundalini é a serpente:
Em luta com a lacraia...
Foi-se Grivo,Pedro e Dito:
Agora é Dão-lalalão...
No meretrício da vida
Reina a prostituição
O ciúme é uma foice:
Que decepa o coração...
Duas cunhadas urbanas
Em drama de identidade
Guardadas por fazendeiro
É privação da liberdade...
Buriti brota novela:
De grande vitalidade...
Política e mitologia
Dor...Vingança pessoal
Metafísica e poesia:
Deus...diabo, bem e mal
No Grande Sertão: Veredas...
Epopéia universal...
O jagunço Riobaldo
Atua como narrador
Encanta-se com Diadorim
Por quem morre de amor
Anota um diálogo mágico
Na voz do interlocutor...
O interlocutor não fala:
O narrador registra o ato
Bandos se digladiam
Pelos mistérios no mato
Paralelismo e sonhos:
Nos enigmas do fato...
"Sorôco, sua mãe, sua filha"
Nada e a nossa condição
O Espelho...Famigerado
Uma cidade em construção
A Terceira Margem do Rio:
Darandana no Sertão...
No meio do rio:o homem
Na canoagem da vida
Primeiras Estórias ouço:
A desilusão é comprida
Nas margens do coração:
Vive a alma destemida...
Tutaméia: tuta e meia
São as Terceiras Estórias
Linguagem e narrativa
Desenredo nas histórias
Reinvenção do passado:
Às futuras promissórias...
Perdas e reconquistas
Traição, peleja e dor
Variação de enredos
A velha trama do amor
Umas Segundas Estórias:
Vou pedir ao narrador...
Tantas histórias eu conto:
Meu tio o Iauretê...
Tem onças na trajetória
Relembro-me do Pererê...
Poemas e pensamentos:
Bom pra mim e pra você...
Ave, Palavra...Ave, Maria:
Crônicas e ficções
Rosa fez alquimagias:
Cadernos de anotaçãoes...
Pelas minas do universo:
Mundo das transmutações...
No Grã SerTao:Veredas
Presença do Pentagrama
Terceira Margem do Rio
Romance,Poesia e Drama
Riobaldo- Diadorim...
Bis coito mia na trama ...
Coragem, amor, oração
Délivrance e destemor
Não é nada e é tudo...
Árdua epo.peia da dor
Atravessia do destino:
Vida e morte mais amor...
Indecisão e coragem
Medo e determinação
Anagrama: Alchemia
Processo de Iniciação
De Barbazu a Siruiz
Presente de Seô Habão...
São Francisco Urucuia
Trilhas do Grande Sertão
A Canção de Siruiz
Mexe com meu coração
Realidade fantaseia
Sonhos e caosmovisão...
Joca Ramiro Zé Bebelo
Hermógenes e Ricardão
Medeiro Vaz jagunceia
Garimpa veias do Sertão
TetragrammAton: Osiris
E o Signo de Salomão...
Siruiz bem gateado
Cavalga fenomenal
Galopeia pela vida
Com ares de maioral
Cavalo bom é difícil:
É cavalo magistral...
Conquista existencialma
Rio Baldio no Caminho
Redenção...Conhecimento
Luz alquímica do vinho
Renascimento Travessia
Encontro do eu sozinho...
Osiris enfrentou a Morte
No Hades esteve Orfeu
Riobaldo em seu cavalo
No cosmos de Prometeu
Odisséias pelos mundos
De Pã...Ulisses...Teseu...
Medeiros Vaz quer Justiça
Joca Ramiro: Amizade
Zé Bebelo na Política
Do Sertão para a cidade
A vida é um rio baldo
Que impõe dificuldade...
Diadorim é fascínio
Mistério dual idade
Dia-dor-(z)-im(ha) é luz
Símbolo de afetividade
Dia dóron Travessoa
Veredas da Eternidade...
Rosa travessia o tempo
Nos buritis da mensagem
Nos papiros da saudade
Fez um Magma na linguagem.
Transmutador das veredas:
Além da Terceira Margem...
Artigo
de Gustavo Dourado:
Cordel:
do sertão à contemporaneidade
http://www.gustavodourado.com.br/Cordel%20do%20sert%E3o%20%E0%20contemporaneidade.htm
www.unigranrio.br/unidades_acad/ihm/graduacao/letras/revista/Nxmero_17/textogustavodourado.html
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