GD - Autores com livros
publicados já ultrapassam a casa de 2 mil ou mais, de 1957
a 2003. Em todas as áreas da literatura, da ficção, do ensaio,
da pesquisa, da política e da poesia etc
Só a Thesaurus já publicou mais de mil autores em todos os
níveis e estilos, segundo o seu propietário.
Na órbita do Sindescritores www.sindescritores.com.br, temos
atualmente mais de 700 escritores filiados com livros publicados(1979/2003),
nos diversos estilos e linguagens.
Quando fui Assessor de Literatura do GDF, na Fundação Cultural/Secretaria
de Cultura, no Governo Cristovam Buarque organizei mais de
500 lançamentos de livros no Teatro Nacional, na 508 sul,
em bibliotecas, livrarias, espaços culturais, cafés, restaurantes
e até na Rodoviária, em shoppings, nas cidades-satélites,
nos mais diversos lugares. Uma boa fonte de consulta é o Dicionário
de Escritores Brasilienses , de Napoleão Valadadares, os livros
do escritor e jornalista Joanyr de Oliveira, A Enciclopédia
da Literatura Brasileira, da Equipe de Afrânio Coutinho(Im
memorian).Livros de Anderson Braga Horta e Menezes y Moraes.
As diversas coletâneas e antologias literárias.
Seria necessário uma pesquisa mais científica e mais detalhada,
para se ter um número mais confiável e próximo da realidade.
Giselle
- Quais os principais prêmios dos escritores daqui?
GD - Os Escritores daqui,
já conquistaram quase todos os principais prêmios literários
do Brasil, alguns até no exterior. Em quase todos os certames
e concursos, geralmente se identifica um escritor radicado
no Distrito Federal.
Dentre os principais prêmios que são badalados pela mídia,
destacamos: Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro,
conquistado por alguns autores locais: Anderson Braga Horta,
Francisco Alvim, Cristovam Buarque, Domingos Carvalho da Silva.Mais
de 15 foram premiados pela Academia Brasileira de Letras:
Allan Viggiano, Cassiano Nunes, Antônio Carlos Osório, Luiz
Adolfo Pinheiro, Luiz Manzolillo, entre outros.
Prêmios Nestlé: Stella Maris Rezende, Jorge Sá Earp, Lourenço
Cazarré Tentei divulgar uma pesquisa que fiz na Secretaria
de Cultura, de 1995 a 1998 sobre os escritores de Brasília
e os prêmios conquistados por esses autores. Ninguém divulgou.
Todos os relises foram para a lata de lixo. Parece um complô.
Quem sabe uma conspiração...rssss.
Giselle
- É verdade que quando um escritor tenta publicar um livro
em outro estado geralmente ele consegue?
GD - A maioria consegue
um não. Alguns felizardos conseguem. E$critores poderosos
como José Sarney, Marcos Vilaça, ou outro Senador, Deputado
ou Ministro, que às vezes se fazem de escribas. Ou algum escritor
que tenha influência ou amizade com alguns figurões do poder
ou da mídia. O caminho fica bem mais fácil.
Não só conseguem publicar como têm fácil acesso à Academia
Bra$ileira de Letra$ e outras academias de plantão. Bastam
querer.Com dinheiro quase tudo acontece. Até um poste pode
se tornar um nobre acadêmico, se tiver o diploma de senador,
deputado ou ministro, tudo fica mais fácil... Para ess a gente,
o que vale é o poder, o jogo de influências e a força do dinheiro.
Aliás comenta-se à boca pequena, nos corredores literários
que muitos nem são escritores. Só assinam o que alguns competentes
"aspones" e consultores, escrevem. Com dinheiro quase tudo
acontece.Compra-se elogios e espaços. Vivemos num mundo de
consumo e capitalista torpe e decadente. Vale-se pelo que
se tem, não pelo o que se é. Quem tem o poder dita as normas
em todos os setores. Autores medíocres são bajulados por alguns
"jornali$tas", midiotas e comunicólogos de carteirinhas, que
fazem "reportagens" teleguiadas pelos diretores de redação
ou pelo Presidente do meio de comunicação. Os retornos publicitários
são muitos bons e rentosos, além de suculentos "jabaculês",
viagens e etcs. Os autores brasileinses em sua maioria não
tem dinheiro para publicidade e não tem o suporte de uma grande
editora e de assessorias de imprensa e agentes literários.
Sabe-se de casos de jornalistas que esperaram de 1 a 2 horas
para falar com um desses e$critores poderosos. É o jogo do
poder...é o tipo de e$critor que eles falam bem e bajulam
para ficarem bem com os chefes e não perderem os seus empregos
e posições de comando, principalmente nos ditos suplementos
e editorias de cultura. Ganham viagens para jornadas, feiras
e festivais e gerlamente fala-se muito de quem paga. É o jornalismo
e crítica da adulação. Infla-se os egos. É tudo uma grande
comídia. Uma tragicomédia rodrigueana. Alguns falam mal dos
amigos para ficarem bem aos olhos de editores obscuros, bisonhos
e medíocres. Outros fazem o papel de amigos da onça e traem
os seus companheiros de ofício para receberem algumas linhas
nos pobres cadernos e panfletos do pior tipo de jornalismo
marrom e ultrapassado.. Temos jornalistas sérios , é claro,
a esses eu tenho o maior respeito. Pena que são poucos e quase
sempre são alijados das panelinhas dos cadernos culturais
e das editorias culturais e de opinião, que são dominados
por pretensos "illuminattis" da Arte e da Cultura. O que é
lamentável é a postura de alguns "jornazistas" deformados,
que odeiam os Poetas autênticos e os verdadeiros artistas.
Eles inflam os egos dos barnabés da poesia e dos critiqueiros
de plantão. Sabe-se de casos de alguns desses "jornali$tas"
que pensam que são escritores, que quebraram a cara ao enviar
os seus pobres e opacos originais para grandes editoras( como
a Companhia das Letras) Bem feito. Comenta-se que um desses
é inimigo ferrenho e contumaz dos escritores de Brasília.
Tenho compaixão dessas almas pequenas, mesquinhas e despreparadas.
Um deles chegou a me dizer que quando eu publicasse por uma
grande editora do eixo Rio - São Paulo seria muito bem recebido
em seu diário. Imagine só que tamanha desfaçatez....veja o
tipo de gente que comanda o jornalismo cultural em Brasília!...hienas
e chacais disfarçados de agentes d a cultura e das artes...
São mentirosos e preconceituosos que utilizam o seu poder
para exercer a discriminação e cassar pensadores e toda uma
categoria, com canalhices e deturpações torpes.Será que a
mentira continuará a dominar tudo? Até quando? Uma verdadeira
fraude nos bastidores midiáticos...Que Machado de Assis e
Guimarães Rosa tenha pena dessas almas torpes e mesquinhas.
Giselle
- Você acha que os escritores brasilienses são discriminados?
GD - E como ! Todo mundo
comenta sobre isso nos outros estados e cidades. A grande
maioria, sim. E como são discriminados. Vivemos um apartheid
cultural, imposto pelas editoras, pela mídia e pelas livrarias.
Tancredo Neves sempre dizia que Brasília era uma cidade cassada.
Alguns "escrevinhadores" e critiqueiros, lite-Ratos sem ética
e de má formação moral se vendem por qualquer preço e criticam
e falam mal dos colegas, para terem o seu espaço em cadernos
pusilânimes e obscuros. Temos "Judas" e traidores em todas
as profissões, que se vendem por um punhado de dólares ou
de reais.. São autores pernósticos que vendem até a mãe no
afã de aparecerem a qu alquer custo. Eu não coaduno com esse
tipo de postura. Prefiro ficar longe dessas figuras mesquinhas,
que geralmente são subliteratos, que precisam a todo custo
de espaço na mídia para terem seus 5 minutos de fama e depois
vão para a lama e para a lata de lixo d a História..
São autores de pé de barro, que logo na primeira ventania
espatifam-se e chafurdam-se no lamaçal da midiocridade..
Giselle
- Quais os projetos do Sindicato ou das Academias de Letras
locais para a comunidade?
GD - Só posso responder
pelo Sindescritores. Realizamos alguns projetos: Lançamentos
de livros em lugares diversos; Saraus e recitais poéticos
Palestras em escolas, bibliotecas e faculdades O Informativo
Escriba O Escriba Virtual na Internet Apoio ao Portal Usina
de Letras( de 1999 a 2003)
Três sites literários na Internet e divulgação em grupos da
Web..
Estante do Escritor Brasiliense
Café Literário
Noite de Poesia e recitais poéticos em bares, cafés, restaurantes,
residências e espaços culturais.
Encontro com a palavra
Fórum Literário
Apoio a edições pelo FAC
Participação em eventos culturais
Participação na seleção de concursos literários e de redação
Apoio e orientação dos autores em relação aos Direitos Autorais.
Participação em Feiras e Bienais.
Palestras e encontros em locais diversos
Outras atividades
Obs: tudo feito com recursos próprios e com apoio dos filiados.
Giselle
- Como os escritores de Brasília buscam apoio e divulgam o
trabalho?
GD – A nossa divulgação
hoje é basicamente pela Internet e com o apoio dos próprios
autores. Nossos autores não tem espaço. Não saem nem nos roteiros..
É raro um autor brasiliense na mídia.( a não ser os mesmos,
os amigos dos editores)
A não ser aqueles de sempre. Os oficiais, da cozinha das redações.
Esses sempre estão falando mal dos colegas e da literatura
brasiliense. Não se assumem como escritores de Brasília. Deveriam
ir morar em outras cercanias.
Chega a ser vergonhoso o grau de compadrismo e camaradagem
entre certos escritores, repórteres e editores. Seria cômico,
se não fosse trágico. Ninguém suporta mais esse tipo de jornalismo.
"medíocre e bi$onho", imposto aos brasilienses por meia dúzia
de "jornalistas roqueiros". Totalmente aéticos, provincianos
e caquéticos Eles não enganam a mais ninguém. Todos já perceberam
a sacanagem deliberada. A Santa Inquisição já deveria ter
acabado a muito tempo. Essas figuras medievais, são fantasmas
em plena idade mídia.
Basta!
É preciso que se mostre todas as opiniões, todas as faces.
Não ao jornalismo fundamentalista e sectário. Será que é só
o rock que é bom? será? Qual o interesse deles em ocultar
os escritores de Brasília?
É o mesmo interesse daqueles que sempre combateram Brasília.
Eles não tiram a cabeça da praia. Viva o Grande Sertão:Veredas
das Águas Emendadas e os Sertões do Planalto Central. Cria-se
aqui o Movimento dos Sem-Divulgação, dos Escritores Excluídos.
Giselle
- Quais os tipos de trabalhos mais publicados? (livros de
ficção, infantil, poesia...)
GD – Os mais publicados
são os livros infantis, infanto-juvenis, didáticos e de poesia.
Publica-se também muitos livros de ensaio, principalmente
na UnB e nas faculdades.
Giselle
- Você acredita que todos os escritores de Brasília são bons?
GD – Claro que não.
Temos alguns bons escritores e também maus escritores. Como
em todas as profissões. Temos bons e maus jornalistas, médicos,
professores, advogados. Agora, quem deve julgar o escritor,
é o publico - leitor. Não cabe a mim julgar quem são os bons
e os maus. Tudo é relativo. Depende da ótica de quem julga
de quem lê. Depende do prisma do observador.
Giselle
- Há quanto tempo foi criado o Sindicato? Por quê?
GD – Para defender os
escritores da censura e esclarecê-los sobre os seus direitos
e sobre direitos autorais. Para combater as discriminações
de todos os tipos, pricipalmente os literários e econômicos..
O Sindicato dos Escritores surgiu de um grupo de combativos
escritores e jornalistas, a partir da Associação Profissional
de Escritores do Distrito Federal , em 1977(tendo a frente
AllanViggiano e mais 47 autores). Destacamos entre esses líderes,
Pompeu de Souza, que foi um dos fundadores e presidente do
Sindescritores. O país vivia uma época de arbítrio de de ditadura
e os escritores lutaram com unhas e dentes contra a censura
ao pensamento e aos meios de comunicação e havia a necessidade
de se organizarem e lutarem por liberdades democráticas, conquistadas
a partir da Anistia e das Eleições Diretas. Os escritores
sempre estiveram presentes nas principais lutas pela liberdade
no Brasil.
Giselle
- Que escritores brasilienses têm trabalhos divulgados no
exterior e quantos são estudados também?
GD – O nosso site foi
selecionado e destacado pela Unesco como uma das boas referências
em Literatura, é tanto que consta do Diretório. Temos alguns
autores premiados no exterior e com trabalhos em universidades
e publicações estrangeiras. Muitos tem publicado na Internet,
em coletâneas, grupos e antologias. Só para citar alguns nomes,
rapidamente: Cassiano Nunes, Anderson Braga Horta, Ronaldo
Fernandes, Joanyr de Oliveira, GD, Maria Félix, Olívia Rautter,
Josélia Costandrade, José de Santiago Naud, Cristovam Buarque,
Antônio Carlos Osório, Menezes y Morais, Oswaldino Marques,
José Maria Leitão, Lourenço Cazarré, Guido Heleno, Stella
Maris, Alan Viggiano, José Sarney, Marcos Vilaça, entre muitos
outros. Ronaldo Fernandes e Otávio Afonso ganharam o Prêmio
Casa das Américas, em Cuba.
Giselle
- O Sindicato tentou aprovar na Câmara uma lei que obriga
o sistema de ensino adotar livros dos escritores brasilienses.
Por que não conseguiu? Que deputado apoiou o Sindicato?
GD – O Sindicato nunca
obrigou ninguém a nada. Todos apoiaram o projeto, por livre
e espontânea vontade.. Foram os deputados que sabiamente aprovaram
um dispositivo no início da Câmara Legislativa(1991/1992).
Artigo 235 Parágrafo 2. O projeto foi apresentado pela então
deputada Rose Miranda e aprovado por unanimidade da casa.
Falta a regulamentação pelo poder executivo, em ato do governador.
As literaturas locais são estudadas em vários estados e lá
as pessoas têm orgulho de seus escritores. Creio que quando
tivermos jornalistas brasilienses mais autênticos e menos
preconceituosos, haverá uma valorização maior dos bons escritores
do Distrito Federal. Infelizmente, a grande maioria dos jornalistas
culturais são despreparados e provincianos. Com as devidas
exceções. Muitos deles são ligados à Indústria Cultural do
eixo Rio - São Paulo e subservientes à subcultura do Rock
, dos enlatados, do besteirol , da moda e da cultura de massa
de baixa qualidade. Não temos cadernos de cultura de bom nível
e só se reproduz o que é divulgado pela Indústria do Livro,
da TV e dos grandes jornais. O que é uma pena. Na imprensa
de Brasília, ainda não se realiza um jornalismo sério e investigativo,
no que se refere ao meio cultural local. Cito um caso exemplar.
Renato Russo e o Legião Urbana só conseguiram melhores espaços
na mídia local, quando apareceram na Folha de São Paulo, nos
grandes jornais de fora e na Rede Globo. Aí as portas se escancararam
em Brasília.É tanto que ele no auge do sucesso fez severas
críticas à postura de determinadas pessoas e figurinhas da
mídia local da época..
Giselle
- Quais as grandes editoras em que escritores brasilienses
conseguiram publicar livros?
GD – Que eu saiba muito
poucas. Casos muito raros. Brasília não possui grandes editoras.
Já vi livros de alguns escritores radicados aqui, na Record,
na Ática, na Geração Editorial, na Editora da UnB, entre outras
e por aí vai. Brasília precisa urgente de boas editoras, mesmo
que sejam pequenas, e também de distribuidoras eficientes.As
pretensas editoras são meras gráficas que imprimem o livro...
Não distribuem praticamente nada vezes nada. Por aqui se tem
excelentes gráficas impressoras. As editoras, se existirem
eu as desconheço... Gostaria de ver algum contato editorial
assinado por algum desses editores...será que eles existem?
Giselle
- Você acha que a literatura brasiliense tem qualidade?
GD – Em parte, sim.
Temos excelentes autores. Respiramos o mesmo ar do Rio , de
São Paulo, da Bahia, de Minas, do Rio Grande do Sul. O que
falta em Brasília é um mercado editorial sério, marketing
editorial, livrarias que divulguem os autores locais, boas
distribuidoras e editoras de verdade. Temos centenas de gráficas,
que "graficam" os autores e não lhes dão o mínimo suporte
e divulgação...É preciso fomentar a literatura por meio de
concursos, prêmios, bolsas literárias, palestras, debates,
encontros. Temos 256 escritores premiados e bons autores ainda
inéditos ou com publicações pessoais. Urge divulgação de qualidade.
Giselle
- Há favorecimento para alguns escritores?
GD – Creio que sim.
Principalmente nesses jornais bizarros que se locupletam de
publicidade estatal. Todos vêem isso. Os amigos dos editores
sempre têm as suas páginas, colunas e bons espaços para divulgação.
Temos casos de alguns que se derem um "pum" viram notícia.
Algumas figuras folclóricas. Ícones da subserviência. Muitos
subliteratos e eivados de literatice.. Como são amigos dos
editores, todos falam bem. Ai de quem falar mal. Nos últimos
anos, de 1995 até os dias de hoje, só aparecem os escritores
bem comportados. Quem tem uma postura crítica, entra para
o Índex e torna-se maldito, como é o meu caso. Não consegue
espaço aquele autor que é mais combativo ou crítico em relação
à mídia. Prefiro não ser divulgado a trair os meus princípios
e a minha ética. Não vou fazer conluios e cabalar espaço para
satisfazer egos doentios. Infelizmente, alguns se submetem
ao ridículo para se manterm no noticiário e serem elogiados
por jornalistas que nada entendem de literatura. Prefiro o
anonimato, do que me submeter à mentira e à bajulção. Não
faz parte da minha personalidade. Prefiro ser o que sou. Estou
satisfeito com a minha consciência e sou um eterno insatisfeito
contra as pilantropias lítero-jornalísticas que rolam por
aí por baixo dos panos...
Giselle - Escritor brasiliense
é apenas o nascido no DF?
GD – Não. Pela própria
característica da cidade, de apenas 43 anos, seria impossível
uma geração só de escritores brasilienses natos. A grande
maioria ainda provém de outros estados. Muitos são pioneiros.
Creio muito no futuro da Literatura Brasileinse. Será cada
vez melhor, se formarmos bemr os nossos jovens. Em vez de
só games e guitarras,... livros... livros...livros... mesmo
que sejam virtu@is. Educação e cultura de qualidade é o melhor
remédio contra a ignorância.
Giselle - O que você
acha que deve melhorar para melhor divulgação do trabalho
dos nossos escritores?
GD – Tudo deve melhorar.
Mais bibliotecas públicas. Criação do Instituto do Livro do
DF. Cooperativas editoriais Jornais independentes, blogs,
zines. Revistas e suplementos literários de bom nível. Aperfeiçoamento
da Bolsa de Produção Literária, que foi uma luta do Sindescritores
e também minha, enquanto Assessor de Literatura. Melhor formação
dos jornalistas que lidam com a cultura. Que leiam mais e
que evitem críticas antes de conhecerem o trabalho de alguém.
Evitem o disse-me-disse e o preconceito, o nhémnhémnhém que
leva(m) à discriminação, ao detrimento e à ocultação de bons
autores. Parem de cometer injustiças e mentiras conta os autores
daqui. Não compreendo tanto ódio. Deveria ser o contrário.
O que está por trás das atitudes desses profissionais? o que
realmente acontece nos bastidores das redações e editoras?
Os autores devem melhorar sempre.Leitura é fundamental. Muita
informação e muita transpiração literária são essenciais.
A mídia deve ser mais regional (sem deixar de ser universal),
aberta, democrática e qualitativa.
É preciso que se estabeleça boas editoras, livrarias e distribuidoras
no DF. Temos aqui um excelente índice de leitura e alto poder
aquisitivo. Deve-se retomar os suplementos literários, democratizar
os jornais, as rádios e tvs. Menos indução ao crime e à midiocridade
e mais incentivo à leitura, inclusive com suporte ao estudo
e leitura dos clássicos de todos os tempos e dos livros do
folclore e do imaginário popular. Torna-se necessário que
surjam jornalistas, pesquisadores e investigadores de bom
nível, como você e outros que com certeza aguardam uma oportunidade
para demonstrar as suas habilidades e talentos.
Viva Brasília e a Litertura Brasileira...