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Saga de Conselheiro nos Sertões
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Retorno
ao longo do tempo
Para poder recordar Dos Sertões de Conselheiro Com Euclides a narrar A Epopéia de Canudos Vou aqui rememorar ... Mestre Euclides da Cunha Jornalista e engenheiro Escritor de obra-prima E lida no mundo inteiro... Os Sertões é grande clássico Do pensamento brasileiro... Euclides era rigoroso Na elaboração textual Militar e engenheiro Jornalista social Da epopéia de Canudos: Fez registro magistral... O levante popular De Antônio Conselheiro Deu-se pelo descaso Do Governo Brasieliro. Ignorância e miséria: Tomam conta do terreiro... Chacina sem precedentes Sob comando estatal... Todo um povo massacrado Pela República tão brutal... Por uma elite opressora Corrupta e anti-social ... O masasacre de Canudos Retratou com evidência O Estado que assasina... Desgoverno sem consciência... Os canhões contra os civis: É barbárie e truculência... Os Sertões é obra-prima: Monumento nacional... Retrata um episódio Histórico e crucial... O Estado contra o Povo: Um escândalo sem igual... A batalha foi sangrenta O povo contra o poder A República sanguinária Fez a História perverter Botou fogo e jogou água Para o crime esconder... Gemem as almas das crianças No local abandonado... Velhos e moribundos Todos vítimas do Estado Deu-se o bárbaro Holocauto De um povo martirizado... Ré...República criminosa Hecatombe no Sertão... Milhares exterminados Pelas mãos da repressão Do Estado que tortura E castra a Revôolução... Continua o mesmo drama No Brasil de Sul a Norte A miséria em todo canto Exploração em grande porte Fome, morte, espoliação: Paus-de-arara no transporte... Sertanejo sempre bravo Corajoso...combatente... Enfrentou com garra e fé O veneno da $erpente O Estado autoritário Que massacra a sua gente... Canudos é um exemplo De um povo bem valente Forte por natureza... Sempre foi um resistente Contra as agruras da vida: De uma elite que só... mente... O Estado tudo fez Para a História esconder... Inundaram o local Para o fato perecer Mas a seca de repente: Faz tudo aparecer... Os massacres continuam Contra o povo sofredor Um povo que não se curva À miséria e a dor.. . Que quer novo Coneselheiro: Para ser seu Redentor... Povo que não quer esmola Quer saúde e educação Quer crédito para o plantio De arroz, milho e feijão... É um povo que só recebe: Imposto, fome, exploração... Um povo que não se verga À tirania do Estado... Que vive no sofrimento Faminto e espoliado: Um povo que não agüenta: A mísera vida de gado... É um povo sonhador Que quer o essencial Terra, amor, casa e comida Emprego e vida normal ... Que quer paz e equilíbrio Sem miséria no quintal... A Insurreição Sertaneja Em Os Sertões é retratada Tudo está tão desigual Sofrimento na jornada... Um povo que passa fome Sem escola, sem mais nada... Euclides ecoou o Grito... Do sertanejo, o degredo Resgate-se nossa História Desenrole-se o enredo... Enalteça-se o Conselheiro: Um brasileiro sem medo... Os Sertões e sua gente Euclides nos demonstrou "O sertanejo é um forte" O mestre salientou... Foi além do científico: Ao sertanejo: humanizou... Mandacarus, xiquexiques... Gravatás, surucucu... Cactáceas e xerófitas Cascavel, jaracuçu... Cabeças de frade ao vento: As sombras dos pés de Umbú... O vaqueiro na paisagem Na caatinga: imperador... Espora e gibão de couro Gigante desbrava-a-dor No sertão tem seu destaque: Nos versos do cantador... Crianças abandonadas Sertanejos destemidos... O Estado sempre ausente Naqueles mundos perdidos... Um homem a resistir: Lá nos sertões esquecidos... Tudo continua igual Pelas bandas do Sertão. .. O Povo a passar fome: Não recebe educação... Na espreita os Conselheiros: Pra nova rebelião... |