Busca
Home
ENTREVISTAS



Entrevista a Agência Clesio.Net

Gustavo Dourado sugere criação de bibliotecas públicas em todos os municípios brasileiros e incentivo à publicação de livros de qualidade.

Clésio - Qual seu nome? Cidade? Estado? País?
GD - Gustavo Dourado - Brasília - DF -Brasil
Clésio - Faz publicações na rede mundial há quanto? E-book? Livro físico?
GD - Sim. Desde 1997.Sim. Phalábora. 9 livros físicos. Em breve...devo publicar Cordeli@, uma antologia poética de poemas de cordel.
Clésio - Qual a principal motivação para publicar na Internet?
GD - A facilidade do acesso, rapidez na publicação, custos e preços mais acessíveis e devido à burocracia e dificuldades impostas pelas editoras convencionais. Publicar na Internet é mais fácil, mais rápido e tem resultados imediatos em relação à leitura e visibilidade com os leitores...
Clésio - Quais vantagens e desvantagens destaca?
GD - As vantagens são inúmeras: rapidez, visibilidade, eficiência, distribuição
Como desvantagem vejo a dificuldade em vender e ausência de meios seguros e confiáveis de comercialização do produto cultural e falta de garantia e segurança em relação aos direitos autorais.
Clésio - Você escreve por amor à literatura ou acha que merece uma chance dos editores?
GD - Escrevo por amor e mereço ser publicado por bons editores. Agora preciso convencê-los do meu desejo...rsss
Clésio - O mundo literário é seleto e fechado. Os editores e a mídia elegem seus preferidos – e se esquecem dos demais. Ou não é nada disso?
GD – É isso mesmo. Tem muitas panelinhas e picuinhas literárias e os editores e a mídia elegem os seus preferidos, que nem sempre são os melhores. A mídia faz muita média, principalmente com os políticos, empresários e amigos dos editores e dos donos das editoras, mídia, jornais, revistas, rádios e tvs...Tem muita gente por aí que tem muito espaço e com "qualidade" discutível e duvidosa. A midiocridade tomou conta do mercado. Com as devidas exceções.
É preciso uma reforma na política dos meios de comunicação no Brasil e a democratização da Indústria Cultural e Editorial, o quanto antes.
Clésio - O brasileiro lê pouco. Um dos motivos é o alto preço livro? Ou é ausência crônica de incentivo à cultura?
GD – Os dois aspectos são relevantes.
Lê pouco por falta de recursos, analfabetismo funcional e alto preço dos livros. É preciso democratizar o acesso ao livro e à leitura. O Governo precisa vestir a camisa da Arte e da Cultura. Baratear os custos editoriais, facilitar a publicação dos bons autores e facilitar a venda e a distribuição e diminuir o preço do papel e da edição...Falta interesse. Ler é perigoso...Abre e clareia a mente... e revôoluciona o ser...
Clésio - O brasileiro lê pouco, mas assiste à novela de televisão do Oiapoque ao Chuí. Isso mostra que não lê por falta de acesso ao livro (devido ao preço ou à carência de incentivo. Tanto faz) ou é a facilidade do controle remoto...?
GD – O Governo incentiva a imbecilização da Sociedade. O livro liberta, a tv escraviza. Haja novela e besteirol. Urgem livros...Livros à mão cheia... Gugus e Faustões entristecem as nossas tardes de domingos, com tanta baixaria... Dificilmete se vê um escritor na mídia, a não ser os apaniguados e midiotas. É preciso que o livro seja valorizado e que seja acessível à população de baixa renda...Quem fará isso?
Clésio - Se você titular do Ministério da Cultura incentivaria as culturas regionais, para começar, e depois partiria para a massificação da cultura nacional? Ou o caminho é, por exemplo, levar a obra dos grandes autores nacionais a todos os cantos dos Brasil?
GD – Incentivaria o Regional, a cultura popular, o folclore e as culturas locais com destaque também para os clássicos e para os grandes nomes da literatura brasileira e universal. Criaria uma Campanha de Popularização do Livro, da Arte e da Cultura.
Clésio - A política ajuda ou atrapalha a literatura? Ou não há vinculação alguma?
GD – Só atrapalha. O problema é que reina a poilticalha e abunda a politicagem. É preciso construir uma Política ética e séria, sem corrupção e picaretagem. Poderia ajudar muito se os políticos fossem mais sérios e coerentes e menos corruptos... A nossa política é uma titica...Exige mudança... já...
Clésio - Dois exemplos de relação da literatura com a política. Mário Quintana não chegou à Academia Brasileira de Letras, porque foi comunista. José Sarney é imortal, notadamente por ser político de ideologia diferente. Concorda? Ou não é bem assim?
GD – Aí já virou Academia Brasileira de Letra$ de Câmbio. Onde se privilegia a politicagem e deixa de fora os verdadeiros escritores. O político de repente nem escreve, publica ou escreve qualquer coisa(via Aspone) e torna-se acadêmico. Uma verdadeira imoralidade.Um descaso com a Literatura. É preciso dar um basta nesse tipo de atitude. Uma Academia que teve Machado de Assis , Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz , Antônio Houaiss, Manuel Bandeira e tantos outros luminares não pode referendar subliteratos só porque são poderosos. Mário Quintana glorificaria qualquer Academia do Mundo. Quanto aos políticos seria melhor que freqüentassem outros tipos de academias e exercitassem melhor a ética, o bom caráter e a decência .
Clésio - Faça um comentário sobre uma pergunta que você acha que eu deveria ter feito, mas não fiz.
GD – As perguntas são muito bem feitas e pertinentes. Creio que seria interessante falar um pouco mais sobre o trabalho individual de escritor, o dia--a-dia, os direitos autorais...Se alguém se interessar em conhecer melhor o meu trabalho e biografia pode vistar os meus sites:
www.gustavodourado.com.br

 

voltar