Busca
Home
ARTIGOS




Caminho Vitoriosa...
(por Vânia Moreira Diniz)

Vim para ficar. Encarcerada em meu próprio coração já estou.Não sinto o frio que vem em forma de vento da janela próxima e me envolvo com meus próprios pensamentos inusitados. Caminho e não sei a direção dos meus passos, mas vou andando inconsciente como um sonâmbulo faria.

Volto a recordar lembranças que maltratam numa sucessão de imagens a se perder em minha memória transbordante de fatos que vão e vem. Sinto dores e penso se são físicas ou interiores, mas tenho a convicção que só seriam profundas assim, se viessem de dentro e continuo meu caminho, pensando e lamentando que não consiga fixá-las para pelo menos lhes dar uma resposta adequada.

Não tenho vontade de nada em um minuto que se passa rápido e me alucino nesse ligeiro espaço que milhões de pensamentos me fazem querer ficar estagnada como se não pudesse reagir. E então quero ir embora, não sei ainda porque nem para onde. Mas quero fugir de tudo, que constituiu um pouco de minha vida como se pudesse me renovar então.

Estou aqui dentro do meu reduto preferido, meu site, minha coluna, o pedaço que reservei para mim e me conscientizo que, por isso posso agir como se estivesse no analista.

Ninguém vai me cobrar um sorriso, o bem humor ou a certeza que tenho de tudo e não preciso me entristecer. Quero chorar e as lágrimas me envolvem, tão doce e aliviantes que quase tenho a certeza que melhoro imediatamente.

Olho o mundo lá fora a vibrar de tantas cores, tudo que amo a fluir naquele pedaço de universo. E depois de muito tempo resguardada saio, enquanto meus olhos sentem a claridade que ofusca. Vou me recompondo, entendendo meu coração, sentindo minhas dores íntimas lembrando de minhas alegrias, fortalecendo a minha mente, silenciosamente, sem perturbar ninguém e finalmente sou detentora da vitória.

Novamente sou aquela que em sorrisos compreendeu tudo que até hoje foi oferecido de lutas, compreensão, derrotas e vitórias e me comprazo com a batalha final de esperanças , afinal de contas, tão próxima , porque é minha própria alma que estava a lutar desesperadamente contra formas controvertidas de encarar a vida, de sentir as decepções ou de ser forte nas investidas contrárias. Ganhei a batalha, e de cabeça erguida caminho já sem a escuridão que me dominou por minutos. Caminho vitoriosa!

Voltar