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A Revelação do Apocalipse

Sete anjos, sete trombetas, sete cabeças, sete montes, sete chifres, sete candeeiros, sete reis, sete estrelas, sete selos, sete igrejas, sete trombetas, sete espíritos, sete sinais, sete igrejas, sete flagelos”. Novas terras, novos céus.........Nova Era.... É o Apocalipse, o mais misterioso dos livros atribuído ao profeta João, numa revelação de Cristo, o alfa e o ômega.
No início do livro, o profeta adverte: “Bem aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo”.
Livro hermético, místico, cabalístico. O Apocalipse (revelação) inspirou Nostradamus, Bandarra, Edgar Cayce, Jeanne Dixon, profetas, poetas, filósofos e artistas. São 22 capítulos, lâminas repletas de segredos como as 22 cartas do tarot que nos remete ao famoso livro de Toth, do antigo Egito.
É o livro dos anjos, dos arcanjos. De bestas e de números, letras e símbolos. Livro precioso, bem escrito e inspirado, chapiscado de pedras, flores e frutas.
O Apocalipse prevê um grande conflito entre as nações no plano físico, a apregoada batalha final, a peleja entre o bem e o mal. No sexto flagelo, fica clara a localização geográfica do conflito – na Babilônia(Iraque), Golfo Pérsico, Península Arábica, oriente próximo e Oriente Médio: “Derramou o sexto (anjo) a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do Sol.....E então os juntaram no lugar que em hebráico se chama Armagedom”.
São João em suas visões fantásticas previu terremotos, tempestades, maremotos, eclipses, guerras, ruínas e destruições. Todavia, previu também a esperança, a renovação, uma nova era de paz, amor e harmonia. Anunciou que depois da guerra do Armagedom, a besta fera(666) e os falsos profetas seriam vencidos pelo Messias, o rei dos reis, o desvelador dos sete selos e de todos os mistérios do conhecimento. Que satanás seria preso por mil anos com seus ministros. E que a paz duraria mil anos para aqueles que não recebessem a marca da besta. Revelou porém, que depois de mil anos de paz, o diabo seria solto e reuniria milhões para combater as forças celestiais: “ E sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuní-los para a peleja....Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida, desceu, porém, fogo do céu e os consumiu”.
Sobre o juízo final, o Apocalipse prevê que todos os vivos e mortos, grandes e pequenos seriam julgados de acordo com os critérios divinos: “O livro da vida foi aberto. E os mortos foram julgados segundo as suas obras...E se alguém não foi achado inscrito no livro nos livros, foi lançado para dentro do lago de fogo”.
Quanto ao mundo novo que surgiria após o juízo final, segundo João, seria alegre, sem lágrimas, com lugar apenas para os bons, os verdadeiros e os amorosos: “Quanto aos covardes, incrédulos, assassinos, feiticeiros, idólatras e mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. Trata-se, sem dúvida, do tão assustador inferno, sem passagem para o purgatório.
João fala em uma cidade espacial. Uma cidade santa – a nova Jerusalém- que descerá dos céus e situar-se-á entre as montanhas, conforme descreve o Apocalipse. A cidade seria ornada por milhões de pedras preciosas. Seria uma cidade quadrangular. As medidas da metrópole prometida chegariam até a 12 mil estádios. Sua praça principal refletiria riqueza e luminosidade. Seria construída em ouro fulgurante, brilhante como o mais límpido cristal. Suas portas ficariam sempre abertas. Não haveria escuridão, nem assaltantes. “Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida”.
João alertou a humanidade para que ficasse atenta aos sinais da revelação dos novos tempos. Daí, são inúmeras as interpretações. Há aqueles que vêem esses sinais em eclipses, meteoros, cometas, vulcões, maremotos. E há os que consideram a corrupção, as guerras, a globalização, o desemprego e o neoliberalismo como sinais dos tempos. Há quem acredite que a Internet é a própria besta fera. Para alguns, a Aids é um grande sinal. Enfim, para todos estes, é o início do fim. É o apocalipse com ou sem eclipse que chega.

Gustavo Dourado