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ENTREVISTAS



Entrevista a Andressa de Souza(UnB)

ROTEIRO DE ENTREVISTA



1. RAÍZES/ORIGENS

. Desde quando você aprendeu a fazer literatura de cordel?

Comecei a fazer cordel a partir dos três anos de idade, lá em Recife
dos Cardosos-Ibititá-Irecê-no Sertão da Chapada Damantina. Era ainda
um menino e já admirava os cordelistas, os cantadores repentistas, os
contadores de histórias, os mamulengueiros, aboiadores. Tudo girava em
torno da roça, das festas e das feiras. Era o ambiente de meu
aprendizado. Aprendia ao vivo com o povo e as suas experiências.

. Como você aprendeu (contexto, com quem, porquê)?

Primeiro, com os meus familiares. Principalmente com o meu pai Ulisses
Marques Dourado que era leitor e admirador dos cordelistas e
repentistas. Minha mãe Edelzuíta de Castro Dourado me passou o gosto
pelas histórias, contos, causos, cantigas, ladainhas, hinos, exemplos.
Era um universo mágico, cheio de contradições. Lavoura arcaica,
pequeno comércio, ambulantes, retirantes em busca de novos destinos.
No meio do caminho tinha Recife dos Cardosos, Ibititá, Lapão, Irecê,
Chapada Diamantina. As pessoas passavam e paravam por lá, retirantes,
vindos de todo o Nordeste, sobretudo de Pernambuco e da Paraíba. Meu
pai era pequeno agricultor e contratava alguns trabalhadores para o
trato com o gado bovino, caprino, ovino e com suínos, além do
tradicional cultivo do feijão, milho, mamona e outros produtos
agrícolas. Eles moravam em nossa própria casa. Ao mesmo tempo da
lavoura, meu pai tocava uma "venda", que é uma espécie de comércio,
loja, bar, empório, nos lugarejos do Sertão. Foi nesse universo mítico
e místico que contatei a cultura, a literatura, a poesia, com destaque
para o cordel e as cantorias. As escolas eram escassas, os
professores e professoras eram leigos. O saber era raro, o
conhecimento era de difícil acesso. Era por meio dos folhetos que se
sabia de alguns fatos e acontecimentos, fábulas, lendas, histórias,
contos, causos, mitologias, epopéias, aventuras, de tudo um pouco. Foi
o meu ABC, o primeiro contato com a leitura. Depois veio a Bíblia, os
catecismos, as cartilhas, os almanaques, o Lunário Perpétuo,
dicionários, enciclopédias, seletas, antologias, jornais, revistas e
outros livros que ocasionalmente surgiam à deriva com moradores,
viajantes e leitores momentâneos.

. De que forma você aprendeu (processos, recursos, meios, etc)?

Foi surpreendente o aprendizado. Parece que já tinha nascido com
esse saber. Fazia parte de minha alma. Foi um processo contínuo de
aprendizagem por meio da oralidade e da repetição. Ouvia meu pai,
mãe, familiares, amigos, os trabalhadores da roça, os lavradores,
meeiros, os homens do campo, os vaqueiros, os andarilhos, curandeiros.
Foi com eles que adentrei a um mundo lendário, mágico, cósmico,
fantástico. O recurso era o verbo, a oralidade, a leitura, o repeteco.
O meio era os folhetos e a leitura que eu fazia para os trabalhadores
nas horas de intervalo do comer, no almoço ou na janta, à noite, nos
adjutórios, nos finais de semana e durante as festas que ocorriam nas
latadas, nos casamentos ou festas juninas/julinas, forrobodós, e
outras comemorações de cunho político ou religioso. O folheto era o
veículo das mensagens e dos acontecidos para aquela sociedade rural da
Bahia e do Nordeste..


2. ROTEIROS ESPECÌFICOS

Rotina dos saberes e práticas populares: como é o dia-a-dia desses
saberes e práticas?


Está presente em meu cotidiano. Do nascer ao pôr do sol e pelas noites
e madrugadas adentro. Me sinto como se estivesse no paraíso. Em casa,
com a família. É um momento de êxtase, de alegria e de verdadeira
felicidade...Escrevo o cordel por prazer, como também o faço para
satifazer o meu espírito de criador da poiesis e de vetor de mudanças
e transformações sociais..

· Para você, existe diferença entre a literatura escrita e a oral?
Qual, por quê?


Há muitas proximidades e algumas diferenças. Estão mais próximas do
que distantes. A literatura escrita provêm da literatura oral,
origina-se na fala e se adapta com o linguajar cotidiano das diversas
culturas. e costumes. Com a literatura de cordel naõ poderia ser
diferente. Tem um
forte conteúdo oral. Muitos cordéis antes foram orais e passaram de
geração a geração. Só depois como advento da imprensa e da tipografia
é que conquistou o seu aspecto gráfico impresso, ilustrado por
xilogravuras. Muitos antes foram até manuscritos. Do oral passou ao
manuscrito e depois ganhpu a forma impressa nas gráficas e editoras e
hoje chega à linguagem eletrônica, cibernética, informática, virtual,
computadorizada, midiática. internáutica.
As diferenças são caracterizadas pelas peculiaridades de cada cada
linguagem. Adentra-se no universo da língua e da fala. De langue e
parole. Do dito e do escrito. Muito do que pode ser explicado pela
Lingüística e pelas ciências da linguagem. É coisa para a Semiótica, a
Fonética e a Semiologia. Essas proximidades e diferenças são
descobertas e analisadas a cada dia pelos pesquisadores, críticos,
gramáticos e cientistas do texto, do verbo e da linguagem. São
estruturas fundamentais tão necessárias e complementares em nossos
afazeres cotidianos. É preciso ler bem pra bem escrever...

· O que representa a literatura de cordel para você?

Representa uma etapa muito importante em minha vida...O cordel é minha
alquimia em permanente transmutação. Meu Graal. Minha
quintessência...É um mundo especial para mim. Uma cosmologia de fatos,
sonhos, desejos, mutações. São delírios, perspectivas, prazer, dor,
transcendência, alquimia, trans.mutação. É o meu universo de menino
que desfila ante um mundo opaco, triste, sombrio, sem humanismo, sem
amor e sem arte. Pelo cordel eu disseco esse mundo de malabarismos,
enganos, falcatruas, corrupção, medo, fome, miséria. É o um lampejo de
sonhos e fantasias. É fogo que não se apaga. É uma energia espiritual
e teluricósmica advinda de nossos antepassados lusitanos, hispânicos,
afro-indígenas que se eterniza no canto/encanto de nossos poetas
populares.
·
· Como você se sente escrevendo literatura de cordel?

Muito bem é pouco para dizer o que sinto. É uma viagem ao universo da
linguagem , da tradição, da poesia e da criatividade. É um momento de
magia e de encantamento...Me sinto desperto, na alvorada da poesia.
É um momento de glória, de rara felicidade. É um compromisso com a
arte, com a vida e com a história...
·
· Quais são seus temas preferidos, ou não existe?

· Escrevo sobre os assuntos mais diversos.
Trabalho muito com biografia e com temas históricos.
Ocasionalmente escrevo alguns cordéis proféticos, de linha fantástica
e surrealista, como o Cordel do Apocalipse e o Cordel do Amargedom,
entre outros. Já escrevi sobre vários assuntos: história, geografia,
cidades, esoterismo, fatos do cotidiano, literatura, cinema, ciência,
holismo, filosofia, meio ambiente, educação, memória, ecologia,
mulheres, amor, sexo, amizade, ser, universo, família, política,
futebol, mitos, costumes, valores, heróis, crítica, sistemas,
multipicidade, diversidade, personalidades, futebol, realdades,
fantasias...
·
· Na sua opinião, qual é a função social da literatura de cordel?

Desenvolver a consciência crítica do cidadão e possibilitar o alcance
de novas perspectivas sociais e culturais por meio da leitura e da
compreensão dos valores da cultura popular e dos saberes do povo.
Educar...Libertar...Criticar...Transmutar...Revolucionar...Fazer
alquimagia com o ser e com a linguagem...Liberar para o mais
elevado...Evoluir o ser social para novos paradigmas sociais e
poéticos...
·
· Como você considera a literatura como um trabalho, ofício?

· Sim. É um trabalhofício muito importante. Apesar de não ser
remunerado. Exerço com todo o carinho e paixão. Além de poesia
constante, é uma espécie de jornalismo literário. Antes de tudo é uma
maneira prazerosa de vivenciar a arte e a cultura.
·
· Por que?.

Faço com mais entusiasmo e paixão. Pois está dentro de mim. Faz parte
de minha essência. É quintessência... Os outros trabalhos são
importantes. Mas são mais burocráticos e necessários à sobrevivência.
A poesia é um vôo, uma viagem, um salto atemporal do ser no infinito.
·
· Você tem outra profissão?

· Sou professor, educador e faço trabalhos de escrita, redações,
revisões, discursos, artigos, ensaios. Sou pesquisador na área
educacional. Sou um dos autores do livro 40 de Educação no Distrito
Federal. Atuo como escritor e já publiquei 11 lvros. Fu presidente do
Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Tenho centenas de
cordéis inéditos e muitos textos para burilar e publicar no futuro, em
breve, espero.
·
· Qual das suas atividades você valoriza mais?

· Valorizo todas as minhas atividades familiares, educacionais,
sociais, e culturais. Entretanto tenho uma queda para poesia e a
confecção de poemas em cordel. É mais prazeroso. Está no sangue e na
raiz do meu ser...Valorizo muito a literatura, a arte, a cultura, a
poesia popular e a nossa literatura de cordel, por excelência.

4. SOCIALIZAÇÃO/DESTINAÇÃO SOCIAL

. Para quem o seu trabalho é feito? Quem procura você?

Faço o meu trabalho para todos. Penso no conjunto da coletividade.
Não penso em lucro. Disponibilizo tudo gratuitamente, via Internet.
Sou procurado por estudantes universitários, de ensino médio e
fundamental, crianças, adolescentes, professores, pesquisadores,
leitores e internautas dos mais diversos níveis. O meu cordel já
chegou ao exterior, a José Saramago, à Sorbonne, na França; à
Universidade do Arizona nos Estados Unidos, a diversas universidades
européias, além de várias universidades brasileiras como a USP, UnB,
UFBA, UFMG, UFPB, Ouro Preto, entre outras. Recebo vários pedidos para
entrevistas para trabalhos de faculdades e escolas de ensino médio e
fundamental de todo o Brasil. O povo dos rincões, dos sertões, dos
grotões deveria ter mais acesso ao livro, à Internet. Infelizmente a
tv e o rádio são dominados pela mediocridade da indústria cultural de
baixo nível.

Segue um link de entrevistas: www.gustavodourado.com.br/entrevista.htm

. Qual a importância da literatura de cordel para as pessoas que o procuram?

Essas pessoas, que não são poucas, valorizam a cultura brasileira e
respeitam os nossos criadores. São estudantes, universitários,
professores, leitores, artistas, pesquisadores, jornalistas. Tem muita
gente de São Paulo, do Rio, de Minas, de Santa Catarina, do Paraná, do
Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, de Goiás, do Distrito Federal,
do Mato Grosso, do Norte-Nordeste, de todo o Brasil e de outros
países. Cada vez mais gente procura conhecer o fenômeno da literatura
de cordel. É uma poesia belíssima de forte toque oral e que encanta
muita gente. É poesia popular universal. As pessoas gostam, pesquisam,
divulgam, publicam....A Internet tornou-se um celeiro, um campo fértil
para a literatura de cordel. Agradeço a todos pelo apoio e incentivo
que têm dado ao meu trabalho e aos diversos cordelistas.

. Você acha que o a literatura de cordel é valorizado na sua
comunidade?


O povo a valoriza quando tem acesso. Em Brasília o apoio midiático e
editorial é mínimo à poesia de cordel. Hoje o maior acesso é via
Internet ou quando se tem feiras e encontros de cordelistas e
cantadores.
Ceilândia é o ponto onde se encontra mais folhetos devido à forte
ascendência nordestina e pela presença da Casa do Cantador.
Algumas livrarias vendem folhetos..A distribuição deveria ser mais
ampla e a divulgação. O povo ama a literatura de cordel. Precisa ser
melhor incentivada e ter mais espaços de divulgação.

E fora dela?

A literatura de cordel é pouco valorizada pelas editoras, pela mídia e
pelos intelectuais da elite e da academia. A Imprensa pouco divulga
o cordel e quando divulga, folcloriza. A midiocridade tomou conta das
redações. É preciso resgatar a "inteligentsia" com arte e poesia de
qualidade. O que se vê é o culto ao umbigo e à banalidade. Só se
divulga os "amigos" e aquilo que é imposto pelo mercado, via marketing
e merchandising. É a praga do consumismo cultural.Do modismo sem ética
e sem estética. Falta crítica e reportagem de qualidade.
Está um caos. Urge uma mudança em todos os níveis:
editorial, jornalístico, cultural, educacional.


3. TRANSMISSÃO

. Na sua opinião, é importante que o seu trabalho/saber seja
repassado a outras pessoas?


É fundamental. É essencial que esse trabalhado seja divulgado e levado
ao conhecimento do maior número de pessoa em todas as camadas sociais.
Fico feliz quando alguém me procura para discutir, debater e colher
informações sobre o meu trabalho e a obra de outros poetas.
Como diz Milton Nascimento " O artista deve ir onde o povo está".

. Você já ensinou o seu trabalho a alguém? Quem?

Muito. Trabalhei com o cordel na sala de aula, com aluno de ensino
médio e fundamental no âmbito da Secretaria de Educação do Distrito
Federal. No Sarah trabalhei durante seis anos com alunos especiais
portadores de deficiência locomotora. Realizei muitas oficinas e
palestras sobre o tema na UnB, em feiras e bienais. Fui professor de
folclore e cultura brasileira na Faculdade Dulcina de Moraes da
Fundação Brasileira de Teatro. E pela vida afora aprendi muito com as
pessoas no constante processo de ensino-aprendizagem da Universidade
da Vida.

. Como você ensina (meio de comunicação, estratégias, recursos,
registro, etc.)

Ensino e aprendo. Ao ensinar, aprendo. Ao aprender, ensino.
Pardodiando Guimarães Rosa e Paulo Freire que diziam: "Mestre é aquele
que também aprende"... A linguagem de cordel é um meio de comunicação
dinâmico e que abre fronteiras. A linguagem da poesia facilita mais
que a prosa ou a linguagem científica. O verso facilita a memorização
e a compreensão dos fatos. É uma tradição que vem da antigüidade
clássica, da filosofia pré-socrática e platônico-aristotélica, à
Odisséia e a Ilíada de Homero, a Eneida de Virgílio; A Divina Comédia
de Dante; as obras de Gil Vicente; Os Lusíadas e a lírica de Camões;
até a magnífica obra de Cervantes, aa epopéia de Dom Quixote. Sem
esquecer de Shakespeare, Rabelais, os reis trovadores, os trovadores
albingens, provençais, os trovadores medievais, até chegar aos dias de
hoje com os nossos cordelistas cibernéticos e a romancistas como
Ariano Suassuna e cineastas como Glauber Rocha, pesquisadores como
Luís da Câmara Cascudo e educadores como Paulo Freire e Anísio
Teixeira


4. SABERES POPULARES VERSUS SABERES CIENTÍFICOS

. Quais os saberes populares que estão presentes na sua comunidade?

Na minha comunidade de origem além do cordel tínha os causos, as
histórias, os contos, as parlendas, piadas e anedotas e muitos saberes
tradicionais. Havia as procissões, festejos, vaquejadas, o circo, o
mamulengo, o teatro de rua, as rezadeiras, os feiticeiros e curadores,
as carpideiras - lamentadoras das almas e tantas outras manifestações
que ficaram na minha memória ao longo desses 47 anos de vida.
Hoje vivo em Brasília e por aqui ainda restam algumas tradições
populares como o bumba-meu boi, o circo, o mamulengo, um pouco de
teatro popular e a presença ocasional de repentistas na Casa do
Cantador. Temos as Cavalhadas de Pirenópolis, o forró, o baião, o
xaxado, o xote, a catira e alguns folguedos do Planalto Central.
Hoje está tudo estandardizado, dominado pelos processos industrias,
pelo consumo, pela mídia e pelo comércio incultural. A cultura tornou-se
objeto, fetiche. Está tudo enlatado, empastelado...Um pastiche...A
qualidade é duvidosa. Para o sistema o importante é vender e lucrar,
como se faz com o rock, a música sertaneja e brega de baixo nível. É
preciso transcender...Revolucionar...Beber nas águas da sabedoria
popular...No conhecimento milenar transmitido pela população.

. Os saberes populares da sua comunidade são valorizados pela população local?

São... quando se tem acesso a cultura . Geralmente o que o povo
recebe?! o lixo televisivo das xuxas, faustões, gugus e ratinhos da
vida. O povo gosta de coisa boa. O sistema impinge ao povo a subarte, a
subcultura, a subliteratura...
Quando pode o povo gosta de ler os cordelistas de primeira como
Leandro Gomes de Barros, Patativa de Assaré.
Gosta de ler Machado de Assis, Cora Coralina, Jorge Amado e Guimarães
Rosa. Aprecia ouvir Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Raul Seixas, Jackson do
Pandeiro, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola, Chiquinha Gonzaga. A tv
escraviza o povo com o besteirol e as babaquices dos programas de
baixo nível e das novelas medíocres.
Basta!...

. Você acha que existe muita diferença entre o que você faz e quem
o faz de forma científica/industrial? Que diferenças? Porquê?


Às vezes a diferença é de linguagem e de estilo. Outras vezes é de
nomenclatura. Tudo é uma questão de acesso ao mercado e aos veículos
de comunicação. É preciso ser divulgado. Tem quem tem acesso à
indústria cultural e consegue divulgar o seu trabalho e o faz bem. A
grande maioria não tem oprtunidade de publicar e distribuir as suas
obras. São os grandes problemas que se apresentam e que precisam de
solução.

. Para você, o que é o saber popular?

É a sabedoria do povo. O folclore. A sabença. O conhecimento popular.
A sabedoria iniciática das idades. Os costumes e tradições populares.
Acrescento aqui como ilustração o meu Cordel da Ciência do Povo:

CordelCiência...
Cordel sobre a Ciência do Povo...
http://www.gustavodourado.com.br/cordel/CordelCiencia.htm


A ciência do saber
Para conscientizar
O senso comum do povo
Para nos orientar
Clima, saúde e tempo
Na ciência popular...

O povo tem o bom senso
Da ciência do saber
A sabença popular
Para bem sobreviver
À fome e às doenças:
Não se cura o Morrer...

A morte campeia magra
Devora a multidão
A ciência tem o mote
Mas não tem a solução
Para se vencer a morte
Precisa grande invenção...

Arte...Tecnologia
Mente criatividade
Física e Biologia
Química...multiplicidade
A ciência se transmuta:
Via universidade...

Laboratório...pesquisa
Técnica-experiência
Cérebro-psicologia
Psique-clarividência
Eterna busca do ser:
Nos mistérios da ciência...

Plantas, ervas para a cura:
Remédio para salvar
Chá, xarope, garrafada
A crendice popular
Superstição e desejo:
A ciência a transmutar...

Construções-arquitetura
Cálculo - reengenharia
Pirâmides fenomenais
Templos da engenharia
Muralha da China, um marco:
Na ciência tem poesia...

Alimentos-vitaminas
Comida do dia-a-dia
Agricultura - pecuária
Criação e fantasia
Sábios da antigüidade:
Cosmos e filosofia...

Medicina...panacéia
A saúde pra curar
Ratos de laboratorio
Dados para pesquisar
A doença da miséria:
Temos logo que curar...

O povo a passar fome
Alto preço do alimento
A ciência precisa
Aliviar o sofrimento
Descapitalizar o mundo:
Dar luz ao conhecimento...

Ciência para o saber
Fim do analfabetismo
Educação para todos
Chega de tanto cinismo
Desconcentre-se a renda:
Que venha o Socialismo...

A ciência é nossa luz
Desperta a cosmogonia
Gen cometa bactéria
Vírus da cosmologia
Física quântica e Tao:
Zen...Cosmobiologia...

Informática e chip:
Bytes do computador
Imagens do pensamento
Ondas do processador
Rádio, Tv, telescópio:
Ser telespectador...

Internave...Internet
Web a nos navegar
Um mar de informações
Dados para completar
Janelas para o infinito:
Conhecimento no ar...

Clareza na escuridão
A ciência ilumina
Velocidade da luz
Átomo e gasolina
Gravidade...Evolução:
Ciência diamantina...

Cibernética...Genoma...
Nanotecnologia
Bioética...Biônica
Flor da biotecnologia...
Biodiversidade...Clima
Natura...Ecologia...

Ozônio a derreter:
Aquecimento planetário
Geleiras no oceano
Fotos do Santo Sudário
Ciência do sofrimento:
Em meu webdomadário...

Siderurgia...Locomotiva
Automóvel...Avião
Canoa...barco...navio
Cultura e educação
Ciência sem burocracia:
Pra nossa população...

Satélite-televisão:
Astronave a orbitar
Cosmonave...astronomia
O homem a explorar
Sempre na eterna busca:
Não esquece de sonhar...

Ciência...Sabedoria:
A pedra filosofal
Pesquisa-experimento:
A procura do Graal:
Ciência da consciência:
Para se vencer o mal...

Lá no Lunário Perpétuo
Sapiência salutar
Fluem saberes do povo
A cultura popular
Consciência da ciência:
No cordel tem seu lugar...

Energia...Antimatéria
Sonho...adversidade
Multiversos paralelos
Transeeletricidade
Big-bang no infinito:
Além da relatividade...

Aí está um pouco de minha cosmovisão sobre a ciência e os sabores do
povo. Mais detalhes em: www.gustavodourado.com.br/cordel.htm

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