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BRASILIENSE DOS MELHORES
(por Conceição Freitas)

O Festival de Cinema de Brasília traz a cidade para perto dela mesma, da loucura santa que a tornou possível. Como escreveu Gustavo Dourado num cordel delicioso que conta a história do festival: "Tempos de efervescência: Fellini, Godard. Bunuel/Movimento estudantil/CPC/UNE Cordel/ Prenúncio do tropicalismo/Pós- Bossa Nova e Noel…"

Corria sangue quente nas veias da cidade modernista nos anos terríveis da ditadura, como descreve Dourado: "Cultura sempre presente/Estava na ordem do dia/Os quartéis estremeciam/ Com os ecos da poesia/ Glauber, Chico e Caetano/Vandré e sua alquimia…"

O cordel reverencia o criador do festival, Paulo Emílio Salles Gomes, lembra os tempos do Cine Atlântida, do Cine Cultura (na W3-Sul), do Clube de Cinema: "Festas, tapete vermelho/ Luzes, câmeras, ação/Hotel Nacional no auge/Tempos de celebração/ Hippies e roupas de gala:/prazer e badalação."

Dourado cita alguns dos grandes filmes exibidos no festival: A hora e a vez de Augusto Matraga, Toda nudez será castigada, Macunaíma, A Falecida, O bandido da luz vermelha, lembra a presença de Bernardo Bertolucci, Julio Bressane, Rogério Sganzerla, Glauber Rocha, Paulo Autran, Fernanda Montenegro…

"O cinema brasileiro/Aqui é valorizado/ Sem mordaça e viseira/Do triste tempo passado/O público é sua alma/ Atento e apaixonado". O cordel inteiro está no site www.sc.df.gov.br




Conceição Freitas
Crônica da Cidade

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